O advogado Luiz Flávio D'Urso disse nesta quarta-feira que a família não tem dúvida de que o executivo Marcos Matsunaga é o pai da filha de Elize Araújo Kitano Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido em maio. A filha do casal, de 1 ano, pode herdar R$ 218 milhões. O advogado da família disse que "não há nenhum dado que gere desconfiança com relação à paternidade", mas "é prudente que se faça (o exame)". "Mas o avô não vai requerer isso. No meu sentir, caberia à autoridade policial ou ao Ministério Público, porque aí você pode ter uma motivação do crime, se tiver um resultado diferente do esperado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Para o advogado de Elize, Luciano Santoro, a cliente tem total convicção de que a menina é filha de Matsunaga. "Não há por que o Ministério Público requerer o exame de DNA. Marcos registrou a menina, sabia que era o pai, todos em volta também sabiam. É lamentável que esse fato tenha sido divulgado à imprensa", disse. "Não é uma questão que influencie o crime. É uma injustiça com a criança", completou Santoro. Sobre a guarda da criança, os dois advogados dizem que o assunto ainda não está em discussão. O tutor terá também o direito de administrar o que a menina receber como herança, até que ela complete 18 anos.
O Brasil poderá ter uma frota de ônibus movida a combustível limpo ¿ sem emissão de gases poluentes - rodando nas capitais já durante a Copa de 2014. Os veículos híbridos serão movidos a hidrogênio e baterias elétricas, emitindo apenas vapor de água. A expectativa é do cientista Paulo Emilio de Miranda, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). O lançamento da segunda versão do protótipo, criado por ele e sua equipe, ocorreu nesta quarta-feira na Rio+20.
A autonomia do ônibus desenvolvido pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe é 500 quilômetros, suficiente para um dia de operação urbana, podendo ser recarregado no período da noite quando não estiver em operação. O veículo tem capacidade para 70 passageiros e vem sendo desenvolvido desde 2005. O projeto já recebeu investimentos de R$ 15 milhões.
Miranda disse que o uso do hidrogênio como combustível é uma tendência irreversível em todo o mundo e o Brasil domina a tecnologia com a possibilidade de ser imediatamente comercializável. "Já é um protótipo pré-comercial, não é mais um desenvolvimento laboratorial. O que falta para ele ser comercial é utilizá-lo."
Segundo o cientista, os motores a hidrogênio já estão sendo usados em outros países, principalmente na Europa e no Japão. "Em 2006 a Europa fez um grande experimento de uso público de ônibus a hidrogênio, com 30 veículos em dez cidades, durante dois anos. E há um mês eles lançaram um novo ônibus a hidrogênio."
Miranda sustenta que o modelo brasileiro é superior, pois tem maior autonomia e menor custo por quilômetro rodado. O primeiro ônibus europeu consumia 25 kg de hidrogênio por 100 quilômetros rodados. O atual consome 14 kg por 100 quilômetros rodados, e o brasileiro usa 5 kg para a mesma distância.
"O grande diferencial do nosso ônibus, em relação a outros que foram desenvolvidos no mundo, é que o nosso sistema é híbrido. A tração é elétrica, e quando está rodando tem mais duas fontes de energia: uma é a pilha combustível, que gera energia a bordo, e a outra é a regeneração da energia cinética do movimento em energia elétrica, quando freamos ou desaceleramos."
O valor de produção do protótipo foi R$ 1 milhão, mas o cientista acredita que o custo vá baixar no futuro com a produção em escala e o apoio público nas compras. O pesquisador acredita que o uso do hidrogênio como combustível é inexorável.
"Hoje em dia a forma menos custosa de produzir hidrogênio é por meio da reforma a vapor do gás natural. Ele também pode ser produzido em larga escala a partir de biogases, como rejeitos da agricultura, esgoto humano e animal. Além disso, uma das formas mais conhecidas de se produzir hidrogênio é com a eletrólise da água e o Brasil, que é abundante em água, tem todas as condições de se tornar um grande produtor de hidrogênio."
A única fonte de água potável da Faixa de Gaza tem nível de contaminação dez vezes maior do que o normal, impossibilitando o consumo, denunciaram nesta quinta-feira duas ONGs que atuam no território palestino.
As organizações Save the Children e Ajuda Médica para os Palestinos disseram em relatório que a água, contaminada por fertilizantes e dejetos humanos, dobrou o número de crianças tratadas por diarreia nos últimos cinco anos.
Para os dois grupos, o bloqueio de Israel ao território (que controla a entrada de mercadorias, ajuda humanitária e fluxo de pessoas), que já dura cinco anos, dificulta a entrega de muitos equipamentos sanitários que poderiam ajudar na limpeza da água.
Na visão das ONGs as restrições devem ser abolidas de forma integral. Entre os materiais identificados na água estão nitratos e outras substâncias. Nitratos são elementos normalmente encontrados em fezes e fertilizantes e podem causar diarreia, sobretudo em crianças.
A cidade de São Paulo é uma enorme importadora de ar puro, área verde e água limpa. Ela drena 100 vezes mais recursos naturais do que consegue produzir. É como se os paulistanos consumissem a capacidade de renovação da natureza de mais da metade do Estado e partes significativas dos Estados vizinhos, habitantes de uma área 390 vezes maior que a capital paulista.
A conclusão é de um estudo divulgado na Rio+20, Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. O projeto da ONG WWF, feito em parceria com o Estado e o município de São Paulo, mediu a pegada ecológica do paulistano e paulista médios.